domingo, 1 de dezembro de 2013

Férias escolares: merecido descanso!


Estudos e especialistas da área de Educação e comportamento mostram que o relacionamento com crianças é muitas vezes difícil. Entender suas elaborações, com suas fases, seus conflitos e características não é uma tarefa fácil, por esta razão, gostaria de compartilhar com vocês algumas questões que considero importantes.

Ao considerarmos a escola como um ambiente regido por estes especialistas que estudam e observam as crianças, podemos acreditar que certamente tais profissionais sejam mais habilidosos nas relações e consigam superar mais facilmente os obstáculos recorrentes, embora nem sempre, isso seja possível, pois educar é uma constante elaboração!

A aplicação prática  e as demandas  diárias da instituição favorecem a constituição de certas regras com as quais a criança aprende a conviver, respeitar e aceitar durante todo o ano escolar. Claro que o inverso também é fato. Há os que não aceitam e não respeitam. Por este motivo, ensinar a criança a se adequar e conviver com o universo estudantil de forma suave e segura é fundamental para seu processo de desenvolvimento e, sobretudo, sua saúde emocional.

É chegada a hora do merecido descanso, das férias escolares. Em contrapartida, é chegada a hora do terror de alguns pais! Tudo o que foi construído durante um ano, com toda a equipe, pode ser valorizado em casa também, com a família! Por isso, digo aos pais que confiem em seus papeis de educadores.
Alguns exemplos comuns podem ajudar nas férias e na vida diária. E se ainda não tentou ou não foi orientado para tal, agora, poderão praticar.   Expliquem à criança que toda atitude tem consequência e toda escolha também. Ela entenderá claramente!

Vamos às regras:

·        Decidam quais regras necessitarão cumprir para controlar o comportamento em questão. Tanto para a criança, como adolescente.
·         Exemplifiquem objetivamente à criança: ­_ ‘’Existe uma regra nesta casa que... Se não o fizer, você perderá... ’’
·        Rapidez no processo. As explicações devem ser breves. Exemplo: _ ‘’ Você fez tal coisa, que não é permitida. A consequência será não ver seu desenho favorito ’’. Ou, para o adolescente, ‘’ ficará sem ir às três próximas festas ‘’.
·        Não negociem! Os pais impõem as regras. Se a criança fizer muitas perguntas e vocês considerarem relevantes, respondam: _ ‘’ Porque essa é a regra. ‘’
·        Evitem diálogos extensos sobre um tema.
·        A criança não tem direito de votar ao ser decidida a sanção escolhida pelos pais. Sejam firmes e sérios. Exemplo: ‘’ Não quero que chame as pessoas por outros nomes. Se o fizer, não lhe deixarei ir ao passeio com seus primos... ‘’

Entendam e acreditem que toda criança funciona melhor quando sabe que os pais falam sério, portanto, sempre cumpram o que prometeram, pois, a criança pode estar experimentando para confirmar se vão cumprir ou não o que disseram. Façam a advertência em voz firme, porém serena, com afabilidade, sem repetir o que foi dito. Podem ocorrer regressões de comportamento ou deslizes, por isso, é preciso reajustar sempre e olhar para as situações como aprendizagem, construção e desenvolvimento.

Confiem na educação de vocês! Estão aprendendo conjuntamente com seus filhos!

Liliam Abrão Martins, Psicopedagoga