Estudos e
especialistas da área de Educação e comportamento mostram que o relacionamento
com crianças é muitas vezes difícil. Entender suas elaborações, com suas fases,
seus conflitos e características não é uma tarefa fácil, por esta razão,
gostaria de compartilhar com vocês algumas questões que considero importantes.
Ao considerarmos a
escola como um ambiente regido por estes especialistas que estudam e observam as
crianças, podemos acreditar que certamente tais profissionais sejam mais
habilidosos nas relações e consigam superar mais facilmente os obstáculos
recorrentes, embora nem sempre, isso seja possível, pois educar é uma constante
elaboração!
A aplicação prática e as demandas diárias da instituição favorecem a constituição de certas
regras com as quais a criança aprende a conviver, respeitar e aceitar durante
todo o ano escolar. Claro que o inverso também é fato. Há os que não aceitam e
não respeitam. Por este motivo, ensinar a criança a se adequar e conviver com o
universo estudantil de forma suave e segura é fundamental para seu processo de
desenvolvimento e, sobretudo, sua saúde emocional.
É chegada a hora do
merecido descanso, das férias escolares. Em contrapartida, é chegada a hora do
terror de alguns pais! Tudo o que foi construído durante um ano, com toda a
equipe, pode ser valorizado em casa também, com a família! Por isso, digo aos
pais que confiem em seus papeis de educadores.
Alguns exemplos
comuns podem ajudar nas férias e na vida diária. E se ainda não tentou ou não
foi orientado para tal, agora, poderão praticar. Expliquem à criança que toda atitude tem consequência
e toda escolha também. Ela entenderá claramente!
Vamos às regras:
· Decidam quais regras necessitarão cumprir para
controlar o comportamento em questão. Tanto para a criança, como adolescente.
·
Exemplifiquem objetivamente à criança: _ ‘’Existe
uma regra nesta casa que... Se não o fizer, você perderá... ’’
· Rapidez no processo. As explicações devem ser
breves. Exemplo: _ ‘’ Você fez tal coisa, que não é permitida. A consequência
será não ver seu desenho favorito ’’. Ou, para o adolescente, ‘’ ficará sem ir às três próximas festas ‘’.
· Não negociem! Os pais impõem as regras. Se a
criança fizer muitas perguntas e vocês considerarem relevantes, respondam: _ ‘’
Porque essa é a regra. ‘’
· Evitem diálogos extensos sobre um tema.
· A criança não tem direito de votar ao ser
decidida a sanção escolhida pelos pais. Sejam firmes e sérios. Exemplo: ‘’ Não
quero que chame as pessoas por outros nomes. Se o fizer, não lhe deixarei ir ao
passeio com seus primos... ‘’
Entendam e
acreditem que toda criança funciona melhor quando sabe que os pais falam sério,
portanto, sempre cumpram o que prometeram, pois, a criança pode estar
experimentando para confirmar se vão cumprir ou não o que disseram. Façam a
advertência em voz firme, porém serena, com afabilidade, sem repetir o que foi
dito. Podem ocorrer regressões de comportamento ou deslizes, por isso, é
preciso reajustar sempre e olhar para as situações como aprendizagem,
construção e desenvolvimento.
Confiem na educação
de vocês! Estão aprendendo conjuntamente com seus filhos!
Liliam Abrão Martins, Psicopedagoga