Quando falamos, ou
organizamos nossas ideias a fim de nos expressar é que efetivamente nos damos
conta das dúvidas que surgem com nossas produções escritas, porque a fala, linguagem
às vezes informal é totalmente diferente da escrita.
Ao escrevermos,
usamos expressões de nosso conhecimento, manifestamos nossa inteligência e
nossa emoção, por isso, é importante refletirmos sobre o que queremos
transmitir, para assim, validarmos nossa mensagem. Planejar para escrever e
finalmente rever o texto é um bom exercício para a escrita.
É no processo de
revisão que as dúvidas chegam, por isso, recorra a bons dicionários, livros ou
manuais, o importante é que a revisão não seja negligenciada.
Uma dúvida
recorrente é a diferença entre invés de e em vez de. Podem ser insignificantes, porém, estas pequenas palavras têm o poder de distorcer todo o propósito da frase. Parecem soar
naturalmente, sem diferença semântica, entretanto, expressam significados
particulares.
A expressão ao invés
de se refere à oposição, contrariedade, vem acompanhada da preposição
de, enquanto que, em vez de se refere à substituição.
Acompanhe alguns
exemplos:
Ao
invés de andar, parou.
Ao
invés de sorrir chorou.
Ao
invés de comprar, poupou.
Ao
invés de falar, calou.
Em
vez de ir ao curso ficou em casa.
Em
vez de trabalhar, respondia e-mails particulares.
Em
vez de dizer gostaria de agradecer, diga agradeço.
Ao falarmos, muitas
vezes não percebemos as distinções entre as palavras, que podem alterar todo o
sentido pretendido.
Manter a ideia
central para tentar encantar o leitor com nossas palavras, nosso estilo, é
fundamental, mas, após a construção da redação, é preciso ler em voz alta, interpretar
a leitura, avaliá-la e corrigi-la! Uma sugestão é elaborar toda a redação, para
não nos esquecermos dos pontos principais, em seguida, selecionar as dúvidas
para seguir com as correções gramaticais.
Escrever é
desafiador, e acredite: devemos tentar sempre! Assim, continuaremos construindo
nossa aprendizagem sobre a língua escrita que como todas, têm começo, mas não
tem fim.
Liliam Abrão
Martins, Professora, Psicopedagoga, Analista de Conteúdo do Instituto Passadori
de Comunicação Verbal.
São Paulo, 01
de maio de 2013.
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