O vínculo nas
relações com as crianças é algo que encanta qualquer professor. É no
relacionamento com o ser que ensina que muitas vezes a criança reprocessa suas
concepções afetivas, reforça, ou cria sua consciência pessoal, porque o
indivíduo vem com potenciais inatos que irá desenvolvê-los dependendo da
estimulação recebida no ambiente escolar. Nesse local, a avaliação subsidia e
agrega elementos ao diagnóstico comportamental, ou seja, é uma ferramenta
importante sobre o comportamento do aluno que está sob o olhar atento dos
professores.
Atualmente, com as
mudanças de ordem social e econômica, o aluno fica na maior parte das vezes, mais
tempo com os professores do que com os próprios pais, ou responsáveis, que em
muitos casos se encontram no trabalho o dia todo.
A avaliação escolar
é um valioso instrumento de investigação para: conversar com a família,
combinar estratégias, solicitar avaliações, encaminhar o sujeito e por meio das
pesquisas e observações diárias do professor, oferecer dados valiosos aos
profissionais especialistas em comportamento. Compilar todos seus relatos
escritos produzirá uma dissertação detalhada da criança na escola. Escreva
constantemente tudo que julgar importante, procure colher dados observacionais,
aspectos cognitivos, emocionais, sociais, pedagógicos e outros para concluir
sua verificação. A narração do professor é produto de toda uma pesquisa e
observação do que não vai bem com o sujeito em relação a uma conduta esperada. Prossiga
na sondagem sem medo de registrar.
O registro do
professor deve esclarecer dificuldades, trazer considerações relevantes e focar
nas conquistas, não somente no que falta à aprendizagem, portanto, o momento da
entrevista com os pais é favorável à exposição de tais relatos. Deixe a
abrangência de determinados temas a outros profissionais, procure você como
professor, sugerir suas propostas pedagógicas e ajudar a criança a encontrar
estratégias para superar as dificuldades. Apresente e reconheça aos pais os
potenciais e conquistas do filho, suas qualidades, o que realmente faz bem, no
que se destaca.
Ser ouvinte,
acolhedor e mediador são habilidades do professor que devem ser direcionadas ao
aluno e à família; por esta razão, procure utilizá-las na construção dos vínculos
e na solução do que não está bem na aprendizagem. O professor é um formador de
opinião e ao aplicar esta conduta ética e humanista pode influenciar e
modificar ambas as partes.
A dinâmica familiar
molda processos na criança e a faz modificar-se, pois, uma nova consciência ao
adulto foi despertada, houve uma intervenção por parte do educador.
O resultado é o
novo olhar da criança sob si, como passou a se perceber e se constituir a
partir da percepção do outro. É a complementaridade, professor e família e a
criança será autora da nova situação que passará a desenhar.
Concluo que a
avaliação é o ponto de partida para a compreensão do problema de aprendizagem e
o professor, o mediador entre o afetivo e o intelectual.
Liliam Abrão
Martins, Professora, Psicopedagoga, Analista de Conteúdo do Instituto Passadori
de Comunicação Verbal.
São Paulo, 12
de maio de 2013.
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